terça-feira, 12 de junho de 2007

Resenha

Separações



O filme Separações, lançado em 2003, dirigido pelo cineasta brasileiro Domingos de Oliveira recebeu dois Kikitos de Ouro no Festival de Gramado. Priscilla Rozenbaum ganhou o prêmio de melhor atriz, como Glorinha, enquanto Suzana Saldanha foi premiada como a melhor atriz coadjuvante no papel de Laura. Além disso, o longa (de 116 minutos) também recebeu duas indicações ao Grande Prêmio Cinema Brasil nas categorias de melhor filme e melhor roteiro original.
Separações conta a história de Cabral (Domingos de Oliveira) e Glorinha (Priscila Rozenbaum), um casal com grande diferença de idade que está junto há doze anos. Ela quer ter um filho, ele não. Ela quer desenvolver outros projetos profissionais, ele a quer trabalhando em sua própria equipe. Ou seja: vivem uma crise conjugal e decidem “darem um tempo” para poderem “voltar a respirar”. Resolvem passar 40 dias separados para terem a clareza do que queriam. Outra paixão, porém, não estava nos planos dos dois, mas acabou acontecendo. Glorinha envolveu-se com Diogo (Fábio Junqueira), um arquiteto que está participando da direção de um espetáculo teatral do qual ela fazia parte. Um ano transcorreu até que o triângulo amoroso se resolvesse.
O comportamento dos casais em processo de separação é comparado ao de pacientes terminais: primeiro há a fase da negação, logo a da negociação, depois vem a revolta e, enfim, a aceitação. O final de um relacionamento pode assemelha-se ao final da vida; ou parte dela.
Domingos de Oliveira, diretor do filme Amores (1997), em Separações mostra porque é considerado um dos mais respeitáveis cineastas brasileiros do nosso tempo. Com a sensibilidade para perceber o amor e o sofrimento de que um ser humano é capaz, ele é prova que “a verdadeira liberdade de um homem não é seguir seus impulsos; é seguir suas escolhas”.

Carolina Soares Marquis

4 comentários:

Anônimo disse...

Rapaz...Nunca nem soubesse desse filme, mas em uma coisa concordo: processos de separação dão uma dor de cabeça infinita.

Renato Freixeda disse...

então cara deixa eu perguntar
como que eu faço pra linkar outros blogs no meu

que dai eu ponho o seu no meu também.
abraços

Anônimo disse...

Ainda não vi esse filme, mas pretendo dar uma buscada em algum lugar.

Tu ve, o cinema brasileiro tá evoluindo, de 10 filmes, 3 são bons(te juro, não é preconceito) e esse com certeza é um diretor promissor = )

Diego Moraes disse...

Não vi esse filme... e por isso vou me abster a falar apenas na história e o "caso" descrito.

Na questão da comparação ao paciente terminal, vendo pela visão do paciente, acho até mais fácil ser paciente, pois se ele aceita a sua morte, pelo menos ele tem um FIM, é claro que depende do quanto ele lutou pela vida, o que pode variar mtu, mas eu estou resumindo possibilidades. (perdão hehe) Complicado no relacionamento é a pessoa q nunca aceita o fim, meses anos chorando em vão... is complicated... aheuaehau

Por fim: “a verdadeira liberdade de um homem não é seguir seus impulsos; é seguir suas escolhas”. Verdade, mas acho que o problema é como acertar a escolha...

Parabéns pelo texto... Mtu bom

http://www.aprofeta.blogspot.com/