terça-feira, 29 de maio de 2007

Cálice

Hoje (ontem na Venezuela) mais um país se cala diante da censura.

E tudo isso acontecendo no século XXI, anos 2007, em meio a tantos avanços, tecnológicos por exemplo - o que leva a crer que as pessoas pensam para realizá-los. Mas mesmo assim a ideologia de UM homem é capaz de fazer a cabeça de milhares.
O maior veículo de comunicação da Venezuela, a RCTV (Rádio Caracas Televsión), encerrou sua programação para milhares de pessoas. Mas por que? Porque o governante de lá, Hugo Chávez, não admite que alguém, ou algo, vá contra suas idéias; totalitárias.
Mas onde foi parar a tal liberdade de expressão nessa história?
Foi negada, assim como a concessão que permite a RCTV de ser transmitida.

A idéia de "lavagem cerebral" a qual Chávez aderiu não tem limites mesmo. Não satisfeito com a proibição da TV, o presidente criou um canal público, a TEVES (Televisão Venezuelana Social). Até aí suportável, pelo menos um canal do governo serve para educar a população, como manda a regra, claro. Só que a TEVES não tem esse papel. Em sua programação, iniciada após 20 min do cancelamento da RCTV, ao invés de programas sociais: aulas de ginásticas, seriados comprados de outras emissoras e, algo que não poderia faltar, música - a qual, em sua primeira exibição, teve músicos cantando canções pró-Chávez.
E em meio a essa variedade cultural da programação, programas chavistas, como se não bastasse todo o resto.

Mas Chávez não parou por ai. Na tremenda cara dura o presidente venezuelano mandou colocar telões nas ruas de Caracas, tipo como se fosse passar uma final da Copa do Mundo, só que a transmissão não era entretenimento. Sem piedade, ou consideração, Chávez transmitiu os últimos suspiros da RCTV e os primeiros passos de sua mais nova criação.

O mais ridículo disso tudo, é que muitas pessoas ainda comemoraram com essa bárbarie. Mas talvez elas não tenham se dado conta que não poderão mais assistir aos capítulos da novela preferida. Afinal a RCTV era a Globo das telenovelas de lá.

Sendo assim, ainda há esperança!



Ricardo Araujo

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Os Mutantes, o tempo e essas coisas

No dia 26 de maio de 2007, inexplicavelmente - ou não - voltei aos anos em que queria ter vivido.

Acontence que os Mutantes, sim aquela banda que fez mais sucesso longe do Brasil, mesmo sendo brasileira. Aquela banda que surgiu em meio a um época onde falar "Cálice" era proibido. Aquela banda que fazia músicas em um sitío, em meio a natureza, e a químicos. Aquela banda que dizem que se voltassem, ainda mais sem a vocalista original, não iriam dar certo.
Pois é aquela banda volto, e muito bem.
Não sei como era na época da Rita Lee, ou talvéz agora saiba. Só sei que assistir um show desses é algo que não poderia viver sem.

Agora a " A Bolha", banda dos anos 70, som progressivo, loucuras e tal, também está voltando. Já que ainda não inventaram uma máquina do tempo, o tempo colabora e traz algumas iguarias daquela época. Época que não só pela música admiro, mas pela vontade que tinham de se fazer algo para mudar, época em que as pessoas, os jovens, faziam, e não apenas deixavam tudo como está, sabendo que assim não está bom.

Ainda bem que o tempo passa!

Ricardo Araujo.