Hoje (ontem na Venezuela) mais um país se cala diante da censura.
E tudo isso acontecendo no século XXI, anos 2007, em meio a tantos avanços, tecnológicos por exemplo - o que leva a crer que as pessoas pensam para realizá-los. Mas mesmo assim a ideologia de UM homem é capaz de fazer a cabeça de milhares.
O maior veículo de comunicação da Venezuela, a RCTV (Rádio Caracas Televsión), encerrou sua programação para milhares de pessoas. Mas por que? Porque o governante de lá, Hugo Chávez, não admite que alguém, ou algo, vá contra suas idéias; totalitárias.
Mas onde foi parar a tal liberdade de expressão nessa história?
Foi negada, assim como a concessão que permite a RCTV de ser transmitida.
A idéia de "lavagem cerebral" a qual Chávez aderiu não tem limites mesmo. Não satisfeito com a proibição da TV, o presidente criou um canal público, a TEVES (Televisão Venezuelana Social). Até aí suportável, pelo menos um canal do governo serve para educar a população, como manda a regra, claro. Só que a TEVES não tem esse papel. Em sua programação, iniciada após 20 min do cancelamento da RCTV, ao invés de programas sociais: aulas de ginásticas, seriados comprados de outras emissoras e, algo que não poderia faltar, música - a qual, em sua primeira exibição, teve músicos cantando canções pró-Chávez.
E em meio a essa variedade cultural da programação, programas chavistas, como se não bastasse todo o resto.
Mas Chávez não parou por ai. Na tremenda cara dura o presidente venezuelano mandou colocar telões nas ruas de Caracas, tipo como se fosse passar uma final da Copa do Mundo, só que a transmissão não era entretenimento. Sem piedade, ou consideração, Chávez transmitiu os últimos suspiros da RCTV e os primeiros passos de sua mais nova criação.
O mais ridículo disso tudo, é que muitas pessoas ainda comemoraram com essa bárbarie. Mas talvez elas não tenham se dado conta que não poderão mais assistir aos capítulos da novela preferida. Afinal a RCTV era a Globo das telenovelas de lá.
Sendo assim, ainda há esperança!
Ricardo Araujo